Por Marlen Lima – Único jornalista, que se prontificou a levantar a mão, ao ser perguntado por La Peña se haviam jornalistas na plateia…
Sim, ele tem viajado hoje não mais como Casseta e Planeta, mas, sim, como o comediante solo, Hélio De La Peña, e em sua passagem por Brasília, neste sábado, 19, animou uma plateia de muitos jovens, alguns ‘velhos’ como este jornalista, e uns ainda mais velhos do tempo do Clóvis Bornay, carnavalesco do Rio, áureo dos anos 70/80.
Em um teatro aconchegante, Teatro Sesi Saúde Central Park, na área central, no setor bancário Norte de Brasília, que teve uma noite gostosa, sem chuva, o eterno Sr. Casseta veio se soltando e a cada investida com público que se depara País afora, La Peña cativa seu público que é mistura saudosa dos tempos de Casseta e Planeta, programa de um turma de comediantes, que nos agraciou em largos sorrisos e sonoras risadas na Globo, que, ali, o grupo carioca ficou por 18 anos.
Confirmado por La Peña, hoje, ainda é a personagem ‘Chocolate Cumprimenta’, que povoa a memória do público, aos mais jovens desta geração de reels, instagráveis, é o que mais rola nos TikTok´s nas mãos desta galera, e é assim que conhecem o ‘Preto de Neve’.
La Peña e seu stand up agradou, e nesta noite de sábado, 19, de onde ele depois segue para Goiânia, neste domingo, 20, com mesmo show.
Preto de Neve faz rir, e promete maiores sucessos.
Ao público brasiliense, que encheu a sala do Teatro Sesi Park Central, onde mais de 80% do espaço foi ocupado, muitos risos, e uma plateia que acompanhou as piadas, e ‘sacadas’ do eterno Casseta.
Nada mal!
Sim, La Peña não foi mal, mas, ficou algo, que ao lembrar dos tempos do Casseta e Plneta, claro, que se imaginou muito mais risadas…
Para um jornalista, para uns ator, que sempre teve veia humorista, criador de inúmeros personagens e de um grupo, que marcou década na tv brasileira com muitos deboches e escárnio, não tem sido fácil, porque hoje já não se pode ser tão debochado, ou com muito (ou nenhum) escárnio, porque isto são coisas não mais tão permitidos, e La Peña vem se recriando neste novo universo de humor, e, sim, falsa lliberdade.
Ao lado dele, como tem feito, ao longo de seus shows, apresenta um ou dois humoristas locais, que abrem o riso da galera, o que já serve para ir esquentando.
A noite de sábado foi boa, e claro que se espera mais acidez de um cara como La Peña, que tem canja de poder ir mais além e poder ser mais debochado e irônico, crítico mordaz mesmo como foi na década de 90 e 2000.
Claro, também, que vivemos tempos melindrosos, e isto tem dado processos e cadeia para humoristas, processos judiciais a mil…Assim, eis que é este Brasil, que já não é mais tão humotístico assim!
Sim, os tempos são outros e os ‘cancelamentos’, que foi bem lembrado pelo comediante, além do exarcebamento que hoje existe do também ‘politicamente correto’, somado as ameaças do staff que manda no País, as penas dos senhores ministros dos STF, em especial do Xzão, que não é Musk, nunca será! Eis, sim, que tudo isto se torna maior desafio aos humoristas…
Mas, eu, ainda recomendo ver este sessentão negro de raiz, que se mostra menos tímido diante do público mais direto, porque na telinha da Globo era fácil, com toda aquela estrutura milionária, mas, hoje, só ele, um banco e um microfone diante de uma plateia ávida e saudosa pelo o que ele representou, se quer muito mais!
