Um dia triste para a família Lima, em que neste dia 19, na madrugada desta terça, faleceu em Brasília o jornalista Manoel Lima.
Um linfoma agravado com uma pneumonia fez com que Lima deixasse este plano de vida. Numa batalha de meses, este câncer veio forte e, aqui, neste plano ele seguiu para Casa de Cristo, assim sua família crer.
Oremos!
Amazonense, natural de Itacoatiara, Manoel Fausto Primavera Lima, nasceu em 18, de fevereiro de 1943, e cedo começou no jornalismo, em São Paulo onde entrou no seleto time do Dr. Julio Mesquita, proprietário do Jornal Estado de São Paulo, o Estadão.
Sempre com olhar arguto, atento as nuances do Brasil da sua época da década de 1970, do novo País, Manoel Lima como filho amazônida também tinha uma visão primorosa da sua região, e na primeira oportunidade deixou a Capital do mundo, e saindo do frio paulista, pôde retornar “para casa”, e rever com saudades amigos e familiares, e acima de tudo viver sob o calor amazonense. Voltava para sua Manaus.
Legado
Trilhou por décadas nas grandes redações do Norte, seja como repórter ou correspondente, em Manaus (AM), Boa Vista (RR), mas, foi pelas mãos do Estadão que o jornalista pôde crescer e voltar para Manaus, e, ali, fazer um trabalho, que foi se somando em sua carreira algo reconhecido em sua trajetória, especialmente pelos colegas de profissão era a prática de um jornalismo responsável, ético e factual, dentro das linhas da liberdade de expressão, Manoel Lima foi chefe e chefiado, e em ambos campos os colegas e amigos de imprensa dizem o mesmo – Manoel Lima foi um profissional ímpar, de respeito, de excelente trato e tinha admiração por onde esteve.
Homem sério, profissional responsável era dedicado, leal no que acreditava e firme nas posições tinha o prestígio de seus subornidados e chefes.
Nao dava trabalho e gerava trabalho, um excelente trabalho reconhecido e por onde passou é unânime em se afirmar o quanto foi bom tê-lo parceiro de redação, aprendizado dizem alguns muitos colegas.
Amor de netos…
Ygara Juliana, 24 anos; Yami Gabriel, 18 anos; Vítor Cauã, 26 anos; e nossa matriarca, Fátima Lima..
Mais coração
Na década de 1980, um convite lhe fez aceitar mais pelo coração do que pela razão em se manter na linha de frente das reportagens, para ser secretário de Estado de Comunicação do Governo Gilberto Mestrinho.
Professor Mestrinho, Político que Lima já conhecia e nutria alta admiração, pôde ali na Secom fazer um trabalho destacável não só na esfera pública, mas também na sindical, tendo o reconhecimento de várias gerações de jornalistas.
Foi através desta carreira na imprensa amazonense que mais tarde, Manoel Lima foi convidado pessoalmente pelo brigadeiro Ottomar Pinto, então, governador de Roraima, quando assim logo deixou de ser Território, que veio a Manaus lhe convidar para ele ajudar Roraima.
Em um projeto novo de Comunicação para aquele novo estado, Manoel Lima começou com sua esposa, Maria de Fátima Mendes Lima, manauara, 77 anos, e ali se viveu grandes histórias na imprensa e em suas vidas; foram mais 13 anos de Boa Vista, onde ali viu nascer seus netos e netas.
Pai de quatro filhos, dois sendo fora do seu casamento de mais de 50 anos com Fátima, foi em solo de macuxi que pôde viver essa nova experiência de ser avô, bem como os altos e baixos da vida política em pressão contra o jornalismo roraimense, em que Lima foi perseguido e ameaçado.
Planalto
Mas, a tudo isto profissionalmente Manoel Lima pôde superar, e em 2003, após conquistas e vitórias, arduras e vivências foi viver em Brasília, DF, e mais uma vez teve oportunidade de estar ao lado do, então, Senador Gilberto Mestrinho, a quem acompanhou até seu último mandato.
Lima viveu e bem viveu a família tendo se aposentado e preferiu sair da guerrilha da nova imprensa que a cada dia renasce.
Aos 81 anos ele decidiu, sim, creio eu, em partir e não sofrer e não deixar sua família sofrer, e aos poucos esta doença deixou ele debilitado, e coube a família estar ao seu lado para sua despedida.
Como filho, é emoção que escrevo este material de hoje, parte difícil e parte agraciado porque vejo o quanto Manoel Lima foi amado e respeitado por sua vida profissional, impecável; e como homem se deu ao máximo por suas crenças e família, que jamais abriu mão dela, e com erros e acertos, mais acertos criou seus filhos dividiu o coração com os netos e seguiu firme; agora na Casa de Deus!
Por lá histórias serão contadas!
Daqui, cabe a nós dizer, obrigado Lima, valeu pelo trabalho e pela amizade, pelo coleguismo, pelo profissionalismo, e a mim, como filho e honrador de seu legado, de seu nome, muito obrigado pai!
Valeu por tudo vivido e os ditos e não ditos, mas, amor sempre prevaleceu!
Obrigado a minha mãe, Fátima Lima, guerreira, e companheira!
Fátima que segue jamais só, Nosso Jesus conosco nos ama, e os filhos e netos e netas a cercam!
AbbaPai!!