Moradores pedem apoio da Assembleia Legislativa para intermediar. Parlamentares se prontificaram a articular manifestação do Estado em favor das famílias do local
O loteamento Mangueirinha, situado às margens da RR-205, em Boa Vista, é mais um empreendimento imobiliário que o golpe é arma usada para enganar pessoas que sonham em ter o seu lote, construir a sua casa.
Diante de um ‘golpe’ sofrido, isto há três anos, os moradores deste loteamento buscaram apoio do parlamento estadual, e uma Comissão foi formada, a pedido do presidente da Casa, deputado Soldado Sampaio.
A comissão de parlamentares se reuniu nesta terça-feira (8), na Assembleia Legislativa de Roraima, com um grupo de moradores, que ratificaram que há três anos vivem a insegurança imobiliária, justamente, após caírem em um “golpe” dado por uma empresa do ramo imobiliário ao vender terrenos de terceiros, e de objeto de judicialização pelo proprietário.
Os relatos são que há sete anos uma empresa imobiliária pôs à venda 212 lotes na região do bairro Cidade Satélite, zona Oeste de Boa Vista, com facilidade de pagamento para entrada de R$ 3 mil, aproximadamente, e parcelas acessíveis que variavam de R$ 350 a R$ 500.
Mas, nos últimos três anos, os atuais proprietários com processo de compra e venda correm na Justiça pelo direito ao bem, após o verdadeiro dono da área contestar a legitimidade e mover ação de despejo.
CASAS CONSTRUÍDAS
De acordo com a moradora Cláudia Rossana, 150 famílias habitam o local com casas construídas e infraestrutura montada por elas mesmas, ou seja, os próprios moradores abriram poço artesiano, organizaram as ruas e instalaram a iluminação pública.
“Estamos aqui para pedir apoio, precisamos de uma reposta urgente do governo do Estado”, disse.
Em 2022, a Assembleia Legislativa promulgou o Decreto Legislativo nº 32/2022, que torna a área como de interesse social para fins de regularização fundiária.
A região pertence ao governo do Estado.
A reunião foi conduzida pelo próprio presidente da Assembleia Legislativa, deputado Soldado Sampaio.
“Estamos conversando como Executivo, por intermédio do Iteraima [Instituto de Terras de Roraima], da Comissão de Terras [da Assembleia Legislativa] para que o governo se manifeste nesta ação, haja vista que a região consta como de propriedade do Estado que é o real proprietário e procure responsabilizar a imobiliária que aplicou o golpe nestas famílias”, contou.
Participaram da reunião os deputados Idázio da Perfil, Rárison Barbosa, Marcinho Belota, Isamar Júnior e Armando Neto.
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Com Yasmin Guedes
SupCom ALERR