TURISMO INDÍGENA EM PLANEJAMENTO PARA RETORNAR
Desde o dia 14 e se seguiu até dia 15, a Secult (Secretaria de Cultura e Turismo) deu continuidde ao projeto de visitação turística em Terras Indígenas.
Trabalho que foi feito pelo Detur (Departamento de Turismo), onde se programou duas assembleias com as comunidades indígenas Água Fria, no município de Uiramutã, e Surumu, em Pacaraima.
A finalidade é incentivar a prática do etnoturismo, uma ação inovadora da atual gestão, visando a valorização da cultura e o aquecimento da economia limpa.
Lideranças indígenas do Centro Regional Água Fria foram dialogar sobre a retomada do plano de visitação turística das regiões. Este Centro envolve 10 comunidades no projeto de visitação em terras indígenas.
O Detur atua para a implementação do plano de ação, mantendo o contato e a parceria com as agências que operam no etnoturismo, tendo as devidas autorizações indígenas.
O Detur explica que o projeto foi paralisado em 2020, em razão da pandemia, e agora as atividades serão retomadas.
O plano de visitação turística é parte do projeto de Turismo em Terras Indígenas que conta com uma série de atividades como cursos de capacitação para que as comunidades se preparem, trabalhem seus planos e apresentem à Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) para que seja implementado o turismo nessas regiões.
Entre os cursos de capacitação oferecidos:
Introdução ao Turismo, Condução Local em Terras Indígenas, Hospitalidade e o Bem Receber Roraima. Também são realizadas oficinas de manipulação de alimentos e de identificação de recursos naturais para artesanato de etno joias e panelas de barro.
Principais atrativos turísticos da região
Em Pacaraima, a comunidade de Surumu é muito procurada e importante para visitação, pois concentra grande parte da passagem dos visitantes ao acessar Uiramutã, município com a maior proporção de indígenas do país, segundo dados do Censo de 2022 divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Uiramutã também possui o Centro Regional Indígena do Flexal, que já tem um plano de visitação avaliado pela Funai.
O Centro Regional Água Fria é estratégico porque abriga diversos recursos turísticos como: inscrições rupestres, urnas funerárias e a língua materna falada na localidade. Um dos principais roteiros é a comunidade do Caju, de onde se pode avistar o Monte Roraima ao atingir a altitude de aproximadamente 600 metros.
Detur informa que além de todo o trabalho que já é feito nas comunidades indígenas, será proporcionada uma visitação sustentável, partindo da premissa de que as pessoas serão ouvidas e vão encontrar melhores condições para desenvolver o seu modelo de turismo de acordo com seus anseios e expectativas.
A partir dessas iniciativas, pode ser construído um roteiro etnoturístico mais elaborado que compreenda todas essas localidades e que possa servir para a geração de renda, melhoria nos atendimentos aos visitantes, além de outros ganhos que essas comunidades podem auferir em função do turismo.
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Por Júlia Rocha